sexta-feira, 23 de abril de 2010

Manobras de Suporte Básico de Vida

É cada vez mais importante que a comunidade em geral saiba agir perante uma situação do género, podendo até ajudar a salvar uma vida. Aprende connosco e transmite os conhecimentos aos teus amigos e familiares. Tu podes ajudar!
O que se pode fazer quando uma pessoa está inconsciente? Quantas compressões se devem fazer numa vítima em PCR? De seguida podemos dar-te respostas a estas perguntas.


O SBV está assente numa nomenclatura ABC:

A – Airway – Via aérea

B – Breathing – Ventilação

C – Circulation – Circulação

E com esta mnemónica podemos saber no que se pode actuar primeiro. Esta nomenclatura já foi referida num post anterior.

Garantir condições de segurança:

Primeiro que tudo temos de garantir as condições de segurança, da equipa de assistência médica e da vítima. Se por acaso estiverem cães à volta da vítima têm de pensar em primeiro lugar em vocês e na vossa equipa. Se algum familiar do vitimado retirar os cães, a vossa segurança está garantida e já podem agir, neste caso.



Avaliar estado de consciência:

Deves estimular a vitima abanando-a, tocando-lhe nos ombros e perguntando em voz alta “ Está-me a ouvir?”. Se conheceres a vítima chama-a pelo nome.

Se estiver consciente:
Examina a vítima, procura ferimentos, coloca a vítima em PLS (explicamos mais à frente), deves pedir ajuda e vigiar regularmente, a qualquer momento o vitimado pode ficar inconsciente.

Se estiver inconsciente:
Deves gritar por ajuda, se um médico estiver por perto ou alguém que saiba actuar correctamente poderá ajudar-te no que for necessário.
O pedido de ajuda deverá ser “ Preciso de ajuda, tenho uma vítima inconsciente”.


A- Via Aérea

Deves manter a permeabilidade da via aérea desapertando a roupa e expondo o tórax. Verifica se existem corpos estranhos na boca da vítima (com os dedos em pinça e deves ser rápido para não te sujeitares a uma mordedura), as próteses fixas não se removem.
Posteriormente deverás fazer a extensão da cabeça para que a vitima possa respirar.



Avaliar Sinais de Circulação:

Segue outra nomenclatura que é o VOSP:
V – Ver o tórax expandir;

O – Ouvir a respiração;

S – Sentir a respiração;

P – Palpar pulso carotídeo.

Deverás analisar os sinais de circulação em 10 segundos. Conta os segundos em voz alta, para que se alguém passe perto de ti perceba o que estás a fazer.


Se respira:

Continua o exame, coloca a vítima em PLS, pede ajuda (2º pedido – 112) e vigia regularmente.


Se não ventila mas tem pulso:
A pessoa está em paragem respiratória, deves ligar ao 112. Deverás, através de uma mascara de reanimação executar 10 insuflações por minuto, cada insuflação deve ter duração de 1 segundo e deve ter 5 segundos de intervalo entre cada insuflação. Para te certificares que está a entrar ar, vê se o tórax expande.
Avalia novamente os sinais de circulação (VOSP).


Se não ventila e não tem pulso:
Liga 112, a vítima está em paragem cardio-respiratória. Mantém a calma e informa onde estás, usando pontos de referência, o teu nome, o estado da vítima, a situação em que estás e a actuação.

Depois do pedido de ajuda diferenciada deves iniciar 30 compressões, seguidas de duas insuflações.

Procura a linha inter-mamilar (mamilos) e coloca a palma da mão no esterno onde passa essa linha imaginária. Se por acaso for uma idosa já não corresponde ao sítio certo. Então procura o fim do esterno, ou seja, onde as vértebras se unem pela “última vez” pela cartilagem. Coloca dois dedos acima do fim do esterno para não correres o risco de partir o xifóide da vítima (é um osso bicudo que é frágil, e partindo-se pode perfurar o fígado). Aí coloca a palma da mão e começa com as compressões: os braços devem manter-se esticados e perpendiculares ao esterno da vítima. Este deve baixar 4/5 centímetros. Ao aliviar-se a pressão, a palma da mão não pode perder o contacto com o tórax.

Por vezes, manobras mal executadas podem trazer ou agravar lesões, no entanto a alternativa à reanimação é a MORTE!

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